Ela tĂĄ no colo de Dante.
Sorriso no rosto.
Quadril rebolando em cĂąmera lenta.
Boca no ouvido dele.
Unha arranhando o pescoço.
Quando uma voz surge.
Falsa.
Doce.
Ăcida como veneno dissolvido em champanhe caro.
â Valentina⊠desculpa interromper. â LĂvia.
A ex.
A vĂbora.
O perigo disfarçado de mulher de alta sociedade.
Ela segura uma taça de champanhe.
Postura impecĂĄvel.
Sorriso falso pendurado no rosto.
â Preciso muito falar com vocĂȘ.
Assunto de mulher.
Coisa rĂĄpida.
Juro que devolvo inteira. â sorri, mostrando os dentes como quem mostra uma lĂąmina.
Dante trava.
Aperta a cintura de Valentina.
â VocĂȘ nĂŁo tem nada pra falar com ela. â solta, seco, gelado, com a voz de quem mata sem sujar as mĂŁos.
LĂvia ri.
â Relaxa, amor.
Não vou arrancar pedaço.
Só⊠conversar. â pisca.
Valentina olha pra Dante.
Ergue uma sobrancelha.
â TĂĄ com medo de me deixar sozinha, Moreau? â provoca, deslizando a mĂŁo no peito dele.
Ele aperta mais.
A mandĂbula dele trava.
â Cuidado, ruiva. â a voz desce grave. â Muit