Início / Romance / LUXO PROIBIDO / 📍Capítulo 2 – Meu Corpo É Fuga. Meu Preço
 É A Sua Sanidade.
📍Capítulo 2 – Meu Corpo É Fuga. Meu Preço
 É A Sua Sanidade.

Se tem uma coisa que vocĂȘ precisa entender sobre mim


É que eu nĂŁo nasci pra pertencer a ninguĂ©m.

E muito menos
 pra ser esquecida.

Enquanto algumas vendem o corpo pra sobreviver


**Eu vendo o meu
 pra escapar.

Pra fugir.

Pra desaparecer.

E, principalmente
 pra me lembrar que eu mando.

Que eu escolho.

Que eu domino.

âž»

Hotel Fairmont.

Monte Carlo.

MĂŽnaco.

Lustres pendurados como se o céu tivesse sido roubado.

Tapete vermelho.

Pessoas que valem bilhÔes
 e que se comportam como se pudessem comprar até a própria morte.

**Eu entro.

Vestido dourado.

Costas nuas.

Salto que soa como ameaça no mårmore.

E um olhar que faz qualquer um esquecer que nasceu casado.

O tema?

“Deuses e Pecados.”

Perfeito.

Porque naquela noite


Eu nĂŁo era mulher.

Eu era Afrodite.

E fui adorada como tal.

âž»

Corta.

Dubai.

Burj Al Arab.

Desfilo no tapete de mĂĄrmore.

**Salto vermelho.

Vestido que grita obscenidade de tĂŁo elegante.

E um olhar que carrega a frase:

“Sou cara demais pra te amar.

E perfeita demais pra vocĂȘ resistir.”

Naquela noite, o sheik nĂŁo quis transar.

Pediu que eu lesse Neruda.

Pelada.

No quarto inteiro forrado de pétalas.

E ele?

Me olhou como quem vĂȘ o pĂŽr do sol pela Ășltima vez


Sabendo que nunca mais vai encontrar outro igual.

âž»

Paris.

Torre Eiffel.

Jantar privado.

Vinho de safra que vale mais que meu primeiro apartamento.

Ele pergunta:

— Quanto pra vocĂȘ sumir comigo por um mĂȘs?

Eu sorri.

Cruzei a perna.

Inclinei o queixo.

— Tudo que vocĂȘ tem.

Ele riu.

Mas eu nĂŁo tava brincando.

âž»

Viena.

SalĂŁo privado.

Violino ao vivo.

Cortinas vermelhas.

O som do piano misturado com gemidos abafados.

Ele?

Primeiro homem que gozou
 e chorou.

Porque foi a primeira vez que sentiu prazer
 sem sentir nojo de si mesmo.

âž»

E no meio de cada país, cada quarto, cada contrato


Eu percebi uma coisa:

**Esses homens nĂŁo me contratam pra transar.

Eles me contratam pra esquecer quem sĂŁo.

Pra fugir de si mesmos.

Pra tocar, por algumas horas
 no que eles nunca vão possuir de verdade.

Eu.

âž»

Helena.

Esse Ă© meu nome.

Mas pra eles


Eu sou Valentina.

A mentira mais cara que eles jĂĄ pagaram.

Valentina não tem endereço fixo.

Valentina tem um flat secreto em Nova York.

Uma suĂ­te exclusiva em Bangkok.

Um refĂșgio escondido em Santorini.

**Valentina nĂŁo ama.

NĂŁo se apega.

NĂŁo se explica.

Valentina domina. Cobra. Fatura. Some.

âž»

E sim
 eu escolho meus clientes.

Eu tenho uma triagem prĂłpria.

Mais rigorosa que qualquer FBI.

Um hacker pessoal que descobre atĂ© quantas vezes o infeliz respirou errado nos Ășltimos cinco anos.

Se Ă© violento? Bloqueado.

Se Ă© arrogante?

Cobro o triplo.

E deixo ele de quatro — metaforicamente
 ou não.

âž»

Mas entre todos os hotéis


Todos os homens


Todas as mentiras bem pagas


**SĂł um me desarmou.

SĂł um me fez esquecer quem eu era.

Ou talvez


Me fez lembrar.

Ele nĂŁo quis meu corpo.

Quis minha verdade.

Minha alma.

Meu controle.

E foi aí


Que eu percebi


Que quem brinca de dominar


Uma hora encontra quem domina de verdade.

E aquele homem


Era domĂ­nio.

Em forma de terno.

Em forma de olhar.

Em forma de inferno.

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