Capítulo 15 – Sem Toque. Sem Chance. Sem Escapatória.
O silêncio entre eles era tão pesado que parecia ter corpo.
Dante ainda sentado. Relaxado demais pra ser inocente.
Valentina, diante dele, com a respiração controlada — mas os olhos gritavam tensão.
Ela ainda não sabia o que esperar.
E isso a excitava mais do que deveria.
Dante girou lentamente o vinho na taça.
O rubi líquido refletia a luz da cidade como um espelho manchado de pecado.
— Sabe o que me fascina em você, Valentina? — ele disse, voz baixa, firme.
— Você finge tão bem que esqueceu o que sente. Mas o corpo… entrega tudo.
Ela arqueou a sobrancelha, como se fosse rir.
Mas não respondeu.
Ele se inclinou um pouco pra frente.
Ainda sem tocá-la.
— Cruza as pernas. Devagar.
Ela obedeceu.
Tecido da seda subindo centímetros.
Ele observou sem pudor.
Olhar de bisturi.
— Agora descruza.
— Mais devagar.
Ela não era submissa.
Mas naquele momento, ela não tinha comando.
Estava no fio da navalha entre o jogo e a rendição.
Dante pousou a taça.
E disse:
— Fecha os ol