đȘ CAPĂTULO 70â A SALA DOS PECADOS. Paris. 16h07.
elevador sobe.
Cada andar?
Um degrau a menos entre eles⊠e o inferno que veio buscar.
Valentina ajeita o blazer no ombro.
Cruzando as pernas, batendo o salto no chĂŁo.
MĂŁos nos bolsos.
Postura de quem nĂŁo tĂĄ entrando num prĂ©dioâŠ
tĂĄ entrando no campo de guerra.
Dante de lado.
Postura impecĂĄvel.
Maxilar travado.
O olhar?
Aquela mistura insuportĂĄvel de desejo, cĂĄlculo e fĂșria embalada em silĂȘncio.
O tipo de olhar que nĂŁo pergunta:
âVocĂȘ tĂĄ pronta?â
Ele sĂł avisa, sem abrir a boca:
âSe nĂŁo tiver⊠vai ficar.â
âž»
Victor no fundo, passando creme nas cutĂculas.
â AlguĂ©m jĂĄ falou que eu sou um Ăcone subestimado em operaçÔes tĂĄticas? â gira o leque. â Eu devia estar na lista da Interpol. Mas como ameaça emocional.
Sophie engole o riso no comunicador.
Nicolas respira fundo.
Ivan sĂł solta:
â Cala a boca, Victor.
âž»
â Chegamos. â Enzo avisa no ponto.
â E aviso⊠nĂŁo gostei da movimentação no rooftop.
âž»
O plim do elevador soa mais como um tiro silencioso.
As portas se abrem.
Tapete vinho.
Paredes de mĂĄ