O vento sussurrava entre as árvores como vozes antigas, testemunhas silenciosas do passado e do futuro. Lia Ashford caminhava sozinha pela trilha que levava ao Círculo da Lua, o antigo altar ancestral onde, séculos atrás, os primeiros Alfas haviam selado os juramentos que fundariam a linhagem dos Ashford. Naquela noite, ela não era apenas uma líder — era uma herdeira de memórias e uma tecelã de destinos.
Um ano havia se passado desde a última batalha. Desde que Etan quase se perdeu para a escuridão e desde que Lia teve que desafiar os próprios pais, clãs inteiros e o legado de uma linhagem feroz. Seu nome agora era sussurrado entre jovens Lycans como símbolo de esperança — e temido pelos que ainda resistiam à mudança.
Os conselhos tribais se reuniam sob sua autoridade, mas não sem tensão. As tradições mais antigas pediam sacrifício, caçada, pureza de sangue. Lia, porém, acreditava em algo mais forte que o instinto: a escolha. E essa crença custava caro. Havia disputas internas, boicot