Chapter 4

Uma Negociação Desesperada

Sara estava do lado de fora do consultório de Alexander, seus dedos amassando a conta do hospital, números vermelhos, $ 12.347, piscando em sua mente.

 Seu uniforme desbotado grudava em sua pele úmida, tênis arranhando o chão polido. Ela bateu, o som estridente, sua respiração ofegante enquanto esperava, o coração batendo forte.

A porta se abriu, Alexander apareceu com uma camisa impecável, mangas arregaçadas, gravata frouxa. Seus olhos escuros a examinaram, estreitando-se ligeiramente.

 "Sara, está tarde", disse ele, encostando-se no batente, a voz suave. Ela ergueu a conta, as mãos trêmulas. "Minha mãe está morrendo, isso vence em seis dias, preciso de ajuda." Ele se afastou, fazendo sinal para que ela entrasse. Ela entrou, o consultório amplo, mesa de mogno, cadeiras de couro, as luzes da cidade brilhando através das janelas altas.

 Ele fechou a porta, o clique alto. "O que você está oferecendo?", perguntou ele, de braços cruzados, olhar firme. Sara sentiu a garganta apertar e colocou a conta na mesa. "Qualquer coisa, é só pagar." Os lábios dele se curvaram levemente. "Qualquer coisa é ousada, tem certeza?" Ela assentiu, a voz baixa. 

"Sim." Ele se aproximou, perfume forte, os olhos buscando os dela. "Me deixe no clima, depois conversamos", disse ele, a voz baixa, um tom de desafio. Sara congelou, com o pulso acelerado, e então deu um passo à frente, seus lábios roçando os dele, suaves, desesperados.

 A mão dele segurou seu pulso, puxando-a para mais perto, o beijo se aprofundando, quente e firme, a respiração dela engasgando enquanto se pressionava contra ele.

O escritório de Alexander pareceu encolher, o ar denso de tensão. Ele se afastou, os olhos escuros, a respiração irregular. "Você fala sério", disse ele, sem fazer uma pergunta. Sara assentiu, as mãos cerradas, evitando o olhar dele. 

Ele pegou a conta, examinando-a, os dedos batendo na mesa. "Isso é caro, sabe o que isso significa?" Ela forçou a voz a ficar firme. "Sim, salve-a, eu farei o que você quiser." Ele colocou a conta no chão, assentindo lentamente. "Meus termos, meu tempo, você é minha." Com um nó no estômago, ela assentiu novamente, com os olhos no chão. 

Ele ergueu o queixo dela, o polegar roçando seu queixo, os olhos fixos nos dela. "Prove", disse ele, em voz baixa, quase um sussurro. Sara prendeu a respiração, inclinou-se, beijando-o com mais força, as mãos agarrando a camisa dele, o desespero a dominando. 

Os dedos dele deslizaram até a cintura dela, puxando-a com força, o beijo faminto, o hálito quente contra os lábios dela.

As luzes da cidade lançavam sombras pelo quarto, seu brilho tremulando nas paredes. As mãos de Alexander se moveram, desabotoando seu uniforme, o tecido escorrendo por seus ombros, acumulando-se a seus pés. 

Sara estremeceu, sua pele formigando no ar frio, seus dedos desajeitadamente desabotoando a camisa dele, revelando seu peito, quente sob seu toque. Ele a guiou até o sofá de couro perto da janela, seus movimentos lentos, deliberados, seus olhos nunca deixando os dela.  

Ela seguiu, com passos instáveis, a mente voltando-se para a figura frágil da mãe, o relógio implacável do hospital. As mãos dele percorreram, traçando seus braços, sua cintura, seu toque firme, porém cuidadoso, enquanto a pressionava contra o sofá, o couro frio contra suas costas. 

As mãos dela agarraram seus ombros, as unhas cravando-se, enquanto ele se inclinava sobre ela, seu peso pesado, sua respiração quente em seu pescoço. A cidade zumbia lá fora, distante, enquanto seus corpos se moviam juntos, o sofá rangendo suavemente, seus lábios se abrindo em um suspiro silencioso. 

As mãos dele exploraram suas curvas, lentas a princípio, depois urgentes, sua pele corando sob seu toque. Ela fechou os olhos, seus dedos se enredando em seus cabelos, cada movimento uma barganha silenciosa, a vida de sua mãe o preço.

 O ritmo deles acelerou, o ar denso com suas respirações misturadas, a noite se estendendo longamente, as sombras se movendo enquanto as luzes da cidade pulsavam além do vidro.

Horas depois, a luz cinzenta do amanhecer penetrou pelas janelas. Sara estava deitada no sofá, o uniforme amassado ao lado, o corpo dolorido, a pele ainda quente do toque dele. 

Alexander estava em pé junto à mesa, abotoando a camisa, sua silhueta marcante contra o horizonte. Pegou a conta e dobrou-a cuidadosamente. "Vou transferir o pagamento hoje", disse ele, com a voz monótona, jogando uma chave para ela.

 "Apartamento no centro, você fica lá, minhas regras." Sara sentou-se, vestindo o uniforme, as mãos tremendo, o tecido áspero contra sua pele macia. "Obrigada", sussurrou ela, quase inaudível.

 Ele assentiu, seus olhos percorrendo-a rapidamente, agora mais suaves. "Você se saiu bem", disse ele, aproximando-se, a mão roçando o braço dela. 

Ela se encolheu ligeiramente, assentindo, pegando a bolsa, a chave fria na palma da mão. Ela se levantou, alisando o cabelo, evitando o espelho na parede, os lábios ainda formigando dos beijos dele.

No corredor, Sara encostou-se na parede, a respiração ofegante, as pernas trêmulas. A chave pesava em seu bolso, seu corpo dolorido, sua mente em polvorosa. 

Ela caminhou até o elevador de serviço, cujo zumbido ecoava no silêncio do hotel. No ônibus para casa, sentou-se perto da janela, com as luzes da cidade passando desfocadas, seus dedos percorrendo as bordas da chave.  

Seu telefone vibrou, mensagem do hospital: Pagamento em breve. Ela agarrou a bolsa, olhando para seu reflexo no vidro, pálido e vazio.

No apartamento, Sara destrancou a porta, o ar carregado com o cheiro de remédio. Sua mãe dormia, uma tosse quebrando o silêncio.

 Sara colocou a chave no balcão ao lado da conta, afundando-se no sofá e se cobrindo com um cobertor. Com as mãos trêmulas, ela as colocou debaixo dos braços, os olhos fixos no teto, o peso de sua escolha se aprofundando.

A luz da manhã filtrava-se pelas persianas rachadas. 

Sara preparava café, a cafeteira chiando. Sua mãe se mexeu, tossindo. "Você acordou cedo", disse sua mãe, com a voz frágil. Sara trouxe água, forçando um sorriso. "Não consegui dormir, mãe." Ela ajustou o cobertor, com as mãos trêmulas, o peso da chave no bolso. 

"Você parece exausta", disse sua mãe, franzindo a testa. "Estou bem", disse Sara, virando-se para pegar seu uniforme, cujo tecido raspava sua pele.

No hotel, Sara empurrou seu carrinho, os lustres do saguão brilhando. Ela esfregou uma porta de vidro, com as mãos ásperas, limpa-limão e afiadas. Maria passou, jogando um pano. "Sara, você está bem? Está se movendo devagar", disse ela, fazendo uma pausa. 

Sara assentiu, esfregando com mais força. "Noite longa." Maria franziu a testa. "Descanse um pouco, você parece exausta." Sara forçou um sorriso, indo para a porta ao lado, com os olhos baixos.

Em uma suíte, Sara tirou o pó de uma mesa, seu pano deslizando sobre a madeira. A voz de Alexander ecoou no corredor, calma, autoritária. "Verifique a organização do evento", disse ele a um gerente. Sara fez uma pausa, apertando o pano com mais força, e então retomou, mais rápido, com o coração acelerado. Seu telefone vibrou, hospital novamente. Ela o ignorou, a tecla pesada, o rosto da mãe em sua mente.

No almoço, Sara sentou-se sozinha, com o caderno aberto, rabiscando: Apartamento, os termos dele. Maria ofereceu uma batata frita. "Coma, Sara, você está sumindo", disse ela, com a voz suave. Sara balançou a cabeça.

 "Não estou com fome." Maria suspirou, saindo. Sara encarou o caderno, o lápis pairando, a chave como uma âncora fria em seu bolso.

No ônibus para casa, Sara encostou-se à janela, as luzes da cidade fracas. A chave pressionada contra sua coxa, os números da conta ecoando. No apartamento, ela examinou a mãe, dormindo, respirando com dificuldade. 

Sara sentou-se ao lado dela, segurando sua mão, o calor fraco. "Está feito, mãe", sussurrou, com a voz embargada. Ela ficou de pé, andando de um lado para o outro no pequeno quarto, a conta intocada, a tinta vermelha brilhando, seu sacrifício uma sombra pesada.

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