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66. Noite de redação

A noite já havia se instalado sobre o Rio de Janeiro, e as luzes da Constellation Global cintilavam discretas nas janelas altas do edifício. No 15º andar, os corredores estavam vazios, exceto pela luz acesa na sala de reuniões menor, onde Isabela Duarte permanecia sozinha, com os cotovelos apoiados sobre a mesa e o notebook aberto diante de si.

Ela havia prometido à Sra. Almeida um texto para o jornal interno. A pauta era livre, mas deveria trazer um olhar autêntico, algo que traduzisse a cultura emergente que a empresa tanto dizia querer cultivar. Depois de dias ponderando, Isabela escolhera o título: “Visibilidade das Vozes Silenciadas”.

O cursor piscava, insistente, na tela em branco. Ao lado, uma xícara de chá de camomila já esfriava. As primeiras palavras demoraram, como quem espera que algo brote de dentro — não da razão, mas da verdade.

Ela começou a digitar.

“Durante muito tempo, acreditei que minha voz não importava.

Não por falta de ideias ou vontade de contribuir, mas
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