A vida meticulosamente organizada de Alberth desmorona-se ao assumir essa responsabilidade inesperada. Valeria, pequena de estatura mas com uma personalidade intensa, contrasta fortemente com Alberth, um homem alto e corpulento. Apesar das diferenças e da tensão inicial, Alberth precisa encontrar uma forma de protegê-la e, juntos, enfrentar aqueles que desejam lhe fazer mal. Será que Alberth conseguirá suportar os desafios desse casamento incomum e garantir a segurança de Valeria? Minha Pequena Esposa é uma história de amor e coragem, onde duas almas tão diferentes encontram um refúgio inesperado uma na outra, enquanto lutam contra forças externas que ameaçam destruí-los.
Leer másAlberth
Estou no meu escritório, em uma reunião com os acionistas da empresa. A venda das pequenas casas construídas nos condomínios foi um sucesso e, acima de tudo, mais acionistas se juntaram a nós para criar novos condomínios nos arredores da cidade. Este projeto trará grandes benefícios para famílias de baixa renda. —Senhor Sandoval, tem uma chamada urgente —, informa-me o meu assistente, interrompendo a reunião. Aceito a chamada de um número desconhecido. —Alô, com quem estou falando? —Você é o senhor Alberth Sandoval? Preciso que você venha imediatamente ao hospital Central. O senhor Edwards Smith Estrada solicitou sua presença. Ele sofreu um acidente e seu estado é grave. No entanto, ele só pede por você. Não, o que pode ter acontecido? Ajusto minha gravata com nervosismo. —Vou já. — Desligo a chamada e saio apressado da minha empresa, deixando os acionistas perplexos. *** A viagem até o hospital parece eterna. Cada semáforo vermelho e cada minuto que passa aumentam minha ansiedade. Edwards é mais do que um sócio, é meu amigo de toda a vida. Que tipo de acidente poderia tê-lo deixado em estado tão crítico? Chego ao hospital e corro para a recepção, onde uma enfermeira me indica o quarto de Edwards. Ao entrar, o ambiente frio e estéril do hospital me atinge em cheio. Lá está ele, cercado por máquinas que monitoram seus sinais vitais. Ele parece pálido e frágil, muito diferente do homem enérgico que eu conhecia. —Alberth... — murmura com dificuldade, quase inconsciente. —Estou aqui, Edwards. O que aconteceu? Seus olhos se enchem de desespero enquanto ele tenta falar. — Não foi um acidente... — diz com voz entrecortada. — Você sabe... houve crime... proteja Vale... Minha mente corre a mil por hora. Mão criminosa? Quem iria querer fazer mal a Edwards? —Quem? O que aconteceu exatamente? Mas antes que eu consiga uma resposta clara, Edwards começa a tossir violentamente. Os monitores começam a soar alarmes e a equipe médica entra rapidamente para atendê-lo. Eles me afastam enquanto tentam estabilizá-lo, mas em questão de minutos, tudo para. — Sinto muito — diz o médico com uma expressão séria. — Fizemos tudo o que podíamos, mas não conseguimos. O mundo para para mim naquele instante. Edwards morreu e suas últimas palavras ecoam em minha mente. Isso não foi um simples acidente. Há algo mais sombrio por trás de tudo isso, e eu preciso descobrir. Ao sair do hospital, uma mistura de dor e determinação me invade. Preciso honrar a memória do meu amigo e encontrar os responsáveis pela sua morte. Liguei para meu homem de confiança, que é como um pai e ao mesmo tempo amigo de Edwards. Jovanny atendeu na hora. —Alberth, boa tarde. Aconteceu alguma coisa? Soltei um suspiro de tristeza. — Edwards morreu — soltei com um nó na garganta. —Mas como isso aconteceu? Ele voltou das Bahamas há alguns dias. —Ele me confessou antes de morrer que o acidente foi provocado. Temos que encontrar os culpados. Mas quem poderia ser? Ele nunca teve inimigos. —Alberth, que mistério. Por outro lado, o que aconteceu com Valeria, ela estava no acidente ou já sabe disso? —Não sei. Acho que ela nem sabe que o pai morreu. Preciso ir dar a notícia e sei que ela confia em você. Nem me lembro mais dela; era uma criança quando a vi e depois, nas reuniões com Edwards, ela nunca comparecia. Enfim, não podemos continuar falando. Vejo você aqui no hospital central. Precisamos falar com essa jovem. Desliguei o telefone e fiquei olhando para um ponto fixo. Não consigo imaginar como essa jovem vai receber a notícia. ***** Ao encontrar Jovanny, entramos rapidamente no hospital central para realizar os trâmites necessários e coordenar o transporte do corpo de Edwards. A tarde estava nublada, refletindo perfeitamente nosso estado de espírito sombrio. Com a papelada concluída e o corpo preparado, seguimos para a mansão de Edwards. A mansão, uma estrutura imponente cercada por jardins bem cuidados, parecia mais escura e silenciosa do que o normal quando chegamos. A notícia da morte de Edwards aparentemente ainda não havia chegado aos seus ocupantes, e a paz do lugar logo seria interrompida. Jovanny e eu descemos do carro funerário, carregando com cuidado o caixão de madeira escura até a entrada principal. — Lá está Valeria — Jovanny apontou para o jardim, onde a filha de Edwards estava, no jardim dos fundos. Ela não passava de uma sombra da menina que eu lembrava; agora, uma jovem de cerca de dezessete anos, com um olhar profundo e sereno. Valeria voltava para casa, absorta em seus pensamentos, quando percebeu o carro funerário e o movimento incomum na entrada. Seus passos se aceleraram e seus olhos se abriram com surpresa e medo. Ao ver o caixão, seu rosto empalideceu e, por um instante, parecia que o chão se abria sob seus pés. Martha, a babá que cuidava de Valeria desde pequena, saiu correndo da casa ao perceber a comoção. Sua expressão era de confusão e preocupação. Ao nos ver com o caixão, ela entendeu imediatamente o que havia acontecido, mas tinha dificuldade em aceitar. — O que está acontecendo aqui? — perguntou Martha com voz trêmula enquanto se aproximava de Valeria e a envolvia com um braço protetor. Jovanny chamou dois guardas para ajudar com o caixão, e eu me aproximei delas com uma expressão séria, tentando encontrar as palavras certas. Olhei Valeria diretamente nos olhos, meus próprios olhos cheios de compaixão. — Valeria, sinto muito... — expressei com um nó na garganta. — Seu pai faleceu, ele sofreu um acidente de carro esta manhã. No entanto, ele me confessou antes de morrer que o acidente foi provocado. Valeria me olhou incrédula, sua mente tentando processar a informação. Lágrimas começaram a encher seus olhos. — Não pode ser... — sussurrou ela, com a voz quebrada pela dor. — Como isso aconteceu? Quem faria isso com ele? Jovanny, tomando a iniciativa, aproximou-se dela e colocou uma mão reconfortante em seu ombro. — Vamos descobrir quem fez isso, Valeria. Prometemos encontrar os responsáveis e fazer justiça. Mas, por enquanto, precisamos ser fortes e nos preparar para nos despedir do seu pai da melhor maneira possível. Martha, com lágrimas nos olhos, assentiu e pegou Valeria pela mão, levando-a para dentro de casa. —Venha, querida. Você precisa descansar e ficar com sua família. Nós cuidaremos de tudo o mais. Enquanto entravam na mansão, Jovanny e eu trocamos um olhar de determinação. Sabíamos que a busca pela verdade estava apenas começando e que proteger Valeria seria uma de nossas principais prioridades nos dias difíceis que se aproximavam. Talvez eu precise contratar mais guardas e guarda-costas para protegê-la. ÑAlberth Quando acordei, estava no hospital. A dor no meu corpo era intensa, mas a primeira coisa que vi foi Valeria ao meu lado.— Amor, já passou tudo — disse ela com uma voz doce, embora preocupada.—Eu me assustei... pensei que ia te perder — murmurei, tentando me sentar. —Fique tranquilo, querido. Estou bem, aqui o ferido é você. Parece que a bala só te raspou — ela respondeu, tentando me acalmar — Seu ferimento se abriu novamente e foi por ali que a bala raspou. Mas você já está bem.— Pensei no pior... quando ele me enviou aquela imagem, até pensei no nosso bebê — disse ela, sentindo uma mistura de alívio e tristeza.— Fica tranquilo, amor. Ainda não é hora. Tudo já acabou. Apesar de ter perdido meu pai e meu padrinho, os bandidos receberam o que mereciam. Sinto muito pela minha babá, apesar de tudo eu gostava dela, mas ela só estava protegendo o marido. E Jared também foi preso por cumplicidade.— Quem diria — sussurrei, soltando um suspiro, mas depois — E Joselyn — perguntei
Alberth Isso é um pesadelo. A preocupação me consumia enquanto eu discava o número de Valeria repetidamente sem obter resposta. Algo estava acontecendo e eu não conseguia entender o que era. Saí da clínica imediatamente, decidido a ligar para minha tia para perguntar por ela.—Tia, Valeria está em casa? — pergunto preocupado.— Não, querido, ela saiu para comprar alguns doces. Já faz mais de uma hora. Mas o que aconteceu, filho? — pergunto nervosa.— Tia, recebi uma mensagem dela dizendo que precisa falar comigo urgentemente, mas ela não atende o telefone e agora estou preocupado. Onde ela pode estar? Já deveria ter chegado em casa.— Meu Deus, eu a vi nervosa quando saiu daqui, mas ela não me disse nada mais.—Tudo bem, me liga se precisar de alguma coisa.Eu me sentia sufocado, inquieto, minha tia não sabia nada sobre minha esposa. Eu me pergunto o que está acontecendo. A mensagem da minha esposa me deixou consternado, o que ela tinha para me dizer? Por outro lado, descobri algo te
Valeria.Fiquei paralisada, ouvindo como planejavam destruir Alberth. Meu marido, o homem que eu amava mais do que tudo no mundo, estava em perigo por culpa dessas pessoas em quem eu confiei toda a minha vida. Por que tanta traição? Qual era o objetivo deles? Martha e Jared, eu não podia acreditar.Tentei me mover, mas tropecei em alguém. Ao levantar os olhos, me deparei com Thiago Bravetti, o homem que buscava vingança. Sua mão se fechou com força em torno do meu braço, e gritei com todas as minhas forças, esperando que alguém me ajudasse. Jared se aproximou, sua expressão refletia surpresa, mas também algo mais... algo que me aterrorizava.—Ah, era você que eu queria encontrar —sussurrou Thiago, sua voz carregada de ódio. Na mesma hora, Martha e Edwin me olharam com sorrisos que gelaram meu sangue.— Senhor Thiago, ela é a filha do assassino de sua família — disse Edwin, mas notei a surpresa nos olhos de Jared.Minha mente corria, tentando entender o que estava acontecendo. Edwin me
Valeria Acordei com uma sensação estranha, uma mistura de desejo e carinho que me envolvia ao vê-lo ao meu lado. — Quer saber? — ele disse, acariciando meus lábios, em voz baixa, enquanto eu o observava. Ele me olhou curioso, esperando que eu falasse.— Diga.—Acordei com uma vontade enorme de fazer amor com vocêEle sorriu, mas logo negou com a cabeça.— Você não pode... não assim, do jeito que você está — eu disse, e ele sorriu, negando, embora eu notasse o brilho em seus olhos, aquele brilho que só aparecia quando ele queria mais. Ele fez um beicinho adorável, como se resistisse às minhas palavras. Suas mãos, no entanto, decidiram ignorar nossa conversa e começaram a deslizar pelo meu corpo. Senti como ele baixava suavemente minha calcinha.— O que você está fazendo? — sussurrei, tentando me deter, embora meu corpo já estivesse respondendo.— Por favor... só quero tocá-los — murmurou ela. Seus dedos roçaram meus seios, inchados pela gravidez. — Posso? — perguntou ela com uma mist
Valeria.Observava meu marido enquanto ele dormia. Alberth finalmente parecia melhor depois daquele acidente que me assustou tanto. Que barbaridade! Tudo por culpa daquele tal Marcus. Como ele ousou fazer Alberth ir àquele lugar sob o sol, só para acabar molhado e doente? Meu sangue fervia só de pensar nisso, mas agora não era hora de confrontá-lo. Deixei minha mente vagar enquanto observava cada detalhe da caixa que meu pai havia deixado. Que segredos ela guardaria? Haveria algo dentro que revelasse as respostas que tanto procuro? Soltei um suspiro de frustração, coloquei a caixa no lugar e saí para o jardim. Já passava das dez da manhã e parecia que meu marido ainda não havia acordado. Na noite anterior, ele tinha sentido muitas dores nas costelas e um pouco de febre, então decidi não incomodá-lo.Ao descer, cruzei com uma das empregadas. Pedi que me levasse o café da manhã para o jardim, e ela assentiu antes de se retirar. Ao sair, vi Martha falando ao celular, aparentemente distra
Joselyn Eu não conseguia respirar enquanto os golpes continuavam a cair sobre mim. —Chega, por favor! Não faça isso — implorei, mas ele apenas respondeu com uma risada cruel.—Você é uma maldita vadia — ele rosnou, enquanto me puxava o cabelo com tanta força que senti meu corpo, já entorpecido, ceder sob seu controle. —Como você é capaz? Por que você está fazendo isso comigo? Alberth não fez nada contra você... nem sua esposa — Mas ele não me ouvia, não se importava.— Você sabe muito bem por que me aproximei de você — respondeu com seu tom frio, sem traço de compaixão. — Aquele homem, Alberth Sandoval, é meu pior inimigo. E sua esposa... aquela mulher é pior ainda. Você não entende o que o pai dela fez. Ele destruiu minha família e agora é minha vez de destruí-lo, e à sua filhinha Valeria também. Mas você não está ajudando como deveria.Sua ameaça era clara, ecoando na minha cabeça.— Se você abrir a boca, eu te mato e depois vou atrás da sua mãe. Corto a garganta dela sem pensar d
Último capítulo