117. Coletiva tensa.
O ambiente era iluminado, mas a tensão era densa. Mesmo com o ar-condicionado funcionando no nível máximo, o clima dentro da sala de imprensa da Constellation Global era sufocante.
Isabela sentia cada olhar como uma flecha. Os jornalistas estavam posicionados, celulares em mãos, olhos atentos, dedos preparados para registrar qualquer deslize.
Rafael Arantes se posicionou ao lado dela, à frente da mesa com os microfones. Vestia terno escuro, impecável. Sua expressão era neutra, mas o olhar dizia mais: alerta absoluto.
— Obrigado a todos pela presença — iniciou, com voz firme. — Estamos aqui para esclarecer dúvidas e reafirmar nosso compromisso com a ética e a transparência. A Constellation Global não tem nada a esconder.
Os repórteres se entreolharam. O primeiro braço ergueu-se, e a sessão de perguntas começou.
— Marcos Faria, Revista Executiva. Sr. Arantes, como o senhor responde às acusações de que protege funcionárias específicas por laços pessoais?
Rafael nem pestanejou.
— T