118. Vozes e apoio
Na manhã seguinte à coletiva, o silêncio não durou muito. Às 7h22, Mariana, a estagiária que acompanhava Isabela desde os primeiros passos do Projeto Aurora, apertou o botão “publicar” com as mãos trêmulas, mas o coração decidido.
O vídeo, gravado na noite anterior com um celular simples, mostrava Mariana em uma sala da ONG parceira, cercada por jovens do projeto. O fundo era improvisado, a luz nem sempre favorecia, mas o conteúdo era irrefutável: depoimentos genuínos.
— Eu sou Tiago, tenho 17 anos. Antes do Aurora, eu nunca tinha nem pisado numa empresa. Hoje, fui chamado pra fazer estágio no setor de TI de uma parceira da Constellation. E isso aconteceu por causa da Isabela Duarte.
— Sou Nayra, e sou mãe solo. Fiz parte da primeira turma do Aurora. A Isabela sempre tratou a gente como gente. Ninguém fingia escutar — ela escutava mesmo.
— Aqui não teve apadrinhamento, não. Teve entrega. Teve suor. E teve gente apostando na gente quando ninguém mais apostava — completou Mariana, com o