111-1. Consulta estratégica
O prédio onde ficava o escritório de advocacia não impressionava à primeira vista. Uma fachada discreta de vidro e concreto na zona sul da cidade, cercada por cafeterias e clínicas odontológicas. Mas, ao cruzar a porta de madeira escura no oitavo andar, Isabela foi recebida por um ambiente silencioso, refinado e levemente intimidador — como se cada detalhe estivesse ali para sugerir seriedade e confidencialidade.
Ela se apresentou à recepcionista e foi rapidamente conduzida até uma sala de reuniões com janelas amplas, luz natural filtrada por persianas de madeira e uma mesa retangular impecável. Poucos minutos depois, um homem de cabelos grisalhos e óculos finos entrou, vestindo um terno cinza claro, com uma pasta em couro sob o braço.
— Isabela Duarte? Sou Leôncio Braga, advogado empresarial e consultor de risco. O Sr. Oliveira me avisou sobre seu contato. — Ele apertou sua mão com firmeza. — Sinta-se à vontade.
— Muito obrigada por me receber tão rapidamente, doutor Braga.
— Por fav