Organizar um workshop para voluntárias era algo que Isabela já dominava. Mas preparar um encontro de sensibilização para executivos da empresa… isso era um novo território. Quando Rafael lhe propôs a tarefa, com o típico tom calmo e o olhar que dizia “confio em você”, ela sentiu o frio na barriga. Seria a primeira vez apresentando não apenas dados, mas experiências humanas — emoções, dilemas e transformações — para um público acostumado a dashboards e metas trimestrais.

— A ideia é simples — dissera ele. — Conectá-los à essência do que fazemos. E mostrar que impacto social também é resultado de uma boa estratégia.

Nos dias seguintes, Isabela mergulhou na curadoria de conteúdo. Queria que o workshop não fosse uma palestra, mas uma experiência. Algo que fizesse aqueles profissionais enxergarem, sentirem e — quem sabe — se reconhecerem nas histórias que o projeto gerava.

Chamou Marina para ajudá-la com a logística e convidou três colaboradoras do campo: uma ex-voluntária, uma líder co