A tarde de sexta-feira se despedia com um céu dourado, e a brisa leve que soprava pelas janelas da casa de dona Teresa anunciava um fim de semana diferente. Isabela havia voltado de sua viagem e, como sempre, não recusou o convite da avó para um chá da tarde. Aurora também estava presente, e as três mulheres conversavam tranquilamente à mesa, cercadas por porcelanas delicadas e bolinhos de limão.
Isabela estava serena, mas cansada. O trabalho exigente, as viagens constantes e o silêncio que pairava entre ela e Pedro desde o último encontro a deixavam emocionalmente exausta. Ainda assim, ela mantinha a postura firme e o sorriso gentil.
Foi quando, ao levantar os olhos para a janela, viu o carro de Pedro estacionar em frente à casa. Ana desceu animada, correndo em direção à porta. Pedro vinha logo atrás, com passos tranquilos e um semblante indecifrável.
Isabela franziu a testa, como quem se sente encurralada, mas não disse nada. Teresa, observando a reação da neta, falou com suavidade: