O dia mal havia começado quando Isabela deixou a mansão dos Santos. O céu ainda estava coberto por nuvens densas, e o ar carregava aquele frescor típico das manhãs de primavera. Ela não tomou café, não se despediu de ninguém. Apenas saiu, com passos firmes e o coração em silêncio.
Dirigiu até o prédio da CiaPlus, onde o ritmo acelerado do trabalho a ajudava a manter a mente ocupada. Desde que assumira o novo cargo, sua rotina havia mudado drasticamente. Reuniões, relatórios, decisões estratégicas — tudo exigia foco. E era exatamente isso que ela buscava: foco. Distância emocional. Um espaço onde Pedro não estivesse presente.
Por volta das nove da manhã, enquanto revisava um contrato, seu celular vibrou. Era uma mensagem de dona Teresa.
“Bella, hoje vou fazer seu prato favorito. Já pedi para o motorista buscar Ana na escola. Vocês venham direto do trabalho para cá.”
Isabela parou por um instante. Teresa não sabia que Isabela não trabalhava mais no Grupo Santos, e Pedro nunca mencionou