A madrugada avançava lentamente, envolta por um silêncio acolhedor que só a mansão de Teresa parecia saber oferecer. Pedro ainda estava no escritório da avó, cercado por papéis, relatórios e mensagens pendentes. Mas sua mente, apesar de ocupada, vagava. A imagem de Isabela ao lado de Ana, o jantar, o caminho de volta — tudo se misturava em lembranças recentes que pareciam carregar anos de história.
Teresa já havia se recolhido há horas. Ana dormia tranquila em seu quarto, cercada por bonecas e livros infantis. E Isabela, como Pedro soubera pela governanta, havia subido para a suíte que costumavam dividir nas visitas à mansão. Era um espaço que guardava memórias silenciosas.
Quando o relógio marcou 03:12, Pedro finalmente encerrou seus afazeres. Guardou os documentos, desligou o computador e apagou as luzes do escritório. O corredor estava escuro, iluminado apenas por pequenas lâmpadas embutidas no rodapé. Ele caminhou devagar, como quem não queria perturbar o tempo.
Ao abrir a porta d