O hotel Baur au Lac em Zurique era uma fortaleza de discrição e luxo, onde bilionários e criminosos de alta classe se encontravam sem fazer perguntas inconvenientes.
Valentina havia reservado a suíte presidencial inteira, transformando-a num centro de comando temporário com varredura eletrônica, equipe médica de plantão, e rotas de fuga múltiplas.
Isadora Romano chegou pontualmente às três da tarde, acompanhada por apenas dois guarda-costas - um sinal de confiança ou arrogância que Valentina ainda precisava determinar. A mulher italiana era impressionante: alta, cabelos negros como carvão, olhos que brilhavam com inteligência e algo que parecia desespero controlado.
- Signora Blackwood, - cumprimentou Isadora em inglês impecável, beijando as duas bochechas de Valentina no estilo europeu. - É uma honra finalmente conhecê-la pessoalmente.
- O prazer é meu, - respondeu Valentina, indicando as poltronas de couro dispostas próximo às janelas que ofereciam vista panorâmica dos Alpes. -