A noite começou com uma leveza que eu nem imaginava estar precisando. Dante e eu encontramos Lívia e Théo em um barzinho aconchegante, daqueles que parecem guardar histórias em cada canto. Nos acomodamos em uma mesa perto da janela, e o burburinho das conversas ao redor se misturava ao som suave da música ao fundo.
Lívia estava radiante, cheia de energia, e Théo não perdia a oportunidade de provocá-la com seu jeito brincalhão. Eles trocavam farpas leves — aquelas que só quem é íntimo sabe dar — e eu os observava com um sorriso quase tímido. Era bom ver minha amiga assim: solta, viva, diferente das vezes em que a via preocupada ou presa nas próprias dúvidas.
Enquanto Lívia e Théo se digladiavam verbalmente, Dante puxou assunto comigo sobre fotografia. Descobri que ele também é apaixonado pelas artes, e nos envolvemos em uma conversa animada, quase esquecendo do resto.
Em um dado momento, percebi que Lívia me observava, como se decidisse dar uma trégua no duelo de provocações com o namo