O tempo, esse velho trapaceiro, passou de forma estranha depois da declaração de guerra feita por Lorenzo. Às vezes, corria como se não pudéssemos acompanhá-lo. Outras, arrastava-se feito sombra nos corredores vazios da mansão. Entre códigos, reuniões e planos secretos, havia também os pequenos momentos. Aqueles que nos lembravam por que estávamos lutando.
Vitória estava crescendo. Rápido demais. Já não era mais um bebê nos braços, mas uma garotinha que caminhava com passos firmes e olhos atentos. Seus cabelos escureciam um pouco mais a cada dia, ganhando o tom castanho profundo que parecia uma fusão perfeita entre os fios de Enzo, os meus e, às vezes, de Dante também. Ela falava palavras novas e gostava de se esconder atrás das cortinas, rindo baixinho quando nos ouvia chamá-la.— Onde está minha princesa guerreira? — Enzo perguntava, fazendo sua voz grossa parecer a de um urso carinhoso.Ela saía correndo e se jogava nos braços dele, com aquela gargalhad