O jogo da sedução.

Eros desceu, elegante, como se as cinco horas no carro tivessem sido minutos. Nem reclamou. Apenas sorriu de lado, com aquele olhar que sabia exatamente o que causava.

— Achei que tinha desistido — ela disse, tentando soar indiferente.

— Nem por um segundo — respondeu, abrindo a porta para ela. — Vem comigo, estou com fome… e quero você ao meu lado.

Ela hesitou, mas entrou. Durante o trajeto, ele não disse para onde iam, mas quando o carro estacionou em frente ao restaurante mais famoso e caro da cidade — com fachada discreta e fila de espera de meses —, Harper parou, surpresa.

— Aqui?

— Sim. Hoje você merece luxo… e a minha companhia — disse ele, estendendo a mão.

Ela sorriu, e aceitou. Era perigoso, tentador… e absolutamente impossível resistir.

No salão requintado, entre luzes suaves e o tilintar discreto de taças de cristal, Harper se sentia deslocada — mas também estranhamente confortável. A mesa estava repleta de pratos finamente preparados, cada um mais surpreendente que o outro.

— Como sabe sobre as minhas preferências? — ela perguntou, desconfiada, observando o menu praticamente feito sob medida.

Eros deu de ombros com um sorriso discreto.

— Eu não sei! Organizei tudo justamente por isso… Queria descobrir com você.

Ela largou os talheres e o encarou, séria.

— Eu sou podre, Eros. Cresci me agarrando ao que podia, menti pra sobreviver, manipulei, perdi muita coisa. Não tenho nada de nobre pra te oferecer… Nada.

Ele inclinou o corpo pra frente, sem tirar os olhos dela.

— Harper… eu não ligo pra nada disso. Se você acha que isso te define, está enganada. Eu não vim atrás da mulher perfeita. Vim atrás de você.

Ela sorriu, achou graça, mais aquela frase fez seu coração acelerar mais do que o normal.

“Não se apaixone Harper. Isso é furada, lembra que são apenas negócios”. Pensou, enquanto sorria olhando para ele.

O jantar foi marcado por sorrisos contidos, trocas de olhares longos e toques sutis de mãos por cima da mesa. Harper era um enigma. Respondia o suficiente para manter a conversa fluindo, mas nunca se revelava por completo. Eros percebeu isso cedo, e ainda assim, se viu mais fascinado a cada minuto.

Ela sabia seduzir com o silêncio. Ele queria entender seus medos, suas camadas — mas tudo o que ela lhe deu foi uma noite envolta em mistério e charme.

Ao chegarem à frente do prédio onde ela morava, ele inclinou-se, buscando algo mais. Um beijo, talvez. Um convite.

Mas ela apenas se aproximou, mordiscou sua orelha devagar, com um sorriso provocante:

— Boa noite, Eros.

Ele fechou os olhos ao sentir o perfume doce e inebriante que ela deixava.

Clack, o som da porta se fechando foi a única resposta que teve. Quando abriu os olhos, ela já havia desaparecido escada acima, como se fosse um feitiço de uma noite só.

Na mansão, o mármore polido refletia a luz dourada do entardecer quando Eros entrou pela porta principal. Estava calado, o blazer jogado por cima do ombro e um ar distraído, quase leve, no olhar.

Afrodite, sentada na poltrona ao lado da lareira, ergueu os olhos da taça de vinho que segurava.

— Você está diferente… — disse com um meio sorriso — Quem é ela?

Ele apenas passou por ela, sem responder, mas o rubor discreto no rosto e o sorriso que tentou esconder diziam tudo.

Ares, de pé perto da janela, cruzou os braços. Observou o filho subir as escadas sem dizer uma palavra.

— Parece que nosso plano está funcionando antes do previsto — murmurou ele para Afrodite.

Ela girou o vinho na taça e sorriu com malícia contida.

— Só não se esqueça… o amor pode ser mais perigoso que qualquer guerra.

— A quem o dizes deusa da fertilidade— murmurou Ares.

O restaurante era discreto, com cortinas pesadas e iluminação baixa, longe de olhares curiosos.

Ares chegou primeiro, como sempre, escolheu a mesa mais reservada. Quando Harper entrou, com um vestido preto justo e passos confiantes, ele sorriu satisfeito.

— Senhor Thorne — cumprimentou ela, sentando-se sem cerimônia.

— Harper — disse ele, avaliando-a com olhos atentos. — Imagino que saiba por que pedi para vê-la.

— Imagino que queira controlar seu filho através de mim.

Ele sorriu, aprovando a franqueza.

— Controlar não… apenas suavizar as arestas.

Ela cruzou as pernas, inclinando-se para frente.

— Eu aceito. Mas com uma condição: quero meu próprio ateliê. Um financiamento de 10 milhões. Ou não há acordo.

Ares a olhou por longos segundos. Depois assentiu, como se a proposta já tivesse sido prevista.

— Feito. Mandarei os documentos amanhã.

— E quanto ao seu filho?

— Você já o tem na palma da mão, Harper. Só precisa mantê-lo lá.

Ela sorriu, firme e decidida.

— Ótimo. Porque eu não costumo perder.

Harper girou lentamente a taça de vinho entre os dedos, observando Ares com curiosidade.

— E o que exatamente espera que eu faça com ele? — perguntou, direta.

Ares recostou-se na cadeira, medindo as palavras com precisão.

— Eros é mulherengo, inconsequente. Acha que pode ter tudo e todos. Controla boates, frequenta festas, vive rodeado de escândalos. Ele é brilhante, mas um desastre para a minha imagem.

Harper arqueou uma sobrancelha.

— E você quer que eu o transforme num homem digno de filho de um futuro presidente?

Ares sorriu, satisfeito com a astúcia dela.

— Exatamente. Quero que o molde… com calma. Que o faça amadurecer, ganhar compostura, recusar escândalos. Até que o meu nome esteja limpo o bastante para conquistar os votos que faltam.

Ela apoiou o queixo na mão, pensativa.

— Então o senhor quer que eu dome o herdeiro Thorne.

— Quero que transforme um instinto selvagem num símbolo de poder e equilíbrio. Eros é o próximo passo do império… se souber ser conduzido.

— E se ele descobrir? — ela perguntou, mais por jogo do que receio.

— Ele não vai. Mas se descobrir… talvez já esteja apaixonado demais para se importar.

— Trato feito. — apertaram as mãos.

Um acordo estava feito. Tinha tudo para correr mal. Mas essa era a Harper, apenas sendo ela.

A luz baixa da sala privada vibrava com tons vermelhos e dourados. A música pulsava no fundo, o cheiro de uísque caro misturado com fumaça pairava no ar. Eros recostado no sofá de couro preto, rodeado por amigos rindo alto e ansiosos pela próxima atração — um show privado que prometeram ser inesquecível.

Ele já tinha visto de tudo… mas nunca estava preparado para aquilo.

A porta se abriu, e o silêncio foi imediato.

Ela entrou.

Lingerie preta, justa e provocante. Meias rendadas presas na coxa por delicadas ligas, saltos agulha, postura ereta. E o cabelo solto como ele se lembrava — selvagem.

Mas foi o perfume. Aquela fragrância quente e doce, que grudava na pele…

Era ela.

— Saiam todos. — a voz dele cortou o ar como uma lâmina.

— O quê? — um dos amigos riu, sem entender.

— Agora. — repetiu. Eros não gritou, mas o tom fez todos saírem em silêncio absoluto.

A porta se fechou. Ficaram só os dois.

Ela não disse uma palavra. Apenas apertou o play.

A música lenta e envolvente começou. Harper moveu-se com a precisão de alguém que sabia o que fazia. Deslizava sobre o chão como se fosse seu palco, os olhos fixos nele.

Eros engoliu em seco.

Estava louco?

Ou ela estava mesmo ali, dançando só pra ele?

O peito dele subia e descia com a respiração pesada. O corpo queria avançar, tomá-la ali mesmo. Mas ele ficou, hipnotizado, dominado.

E naquele instante, teve certeza: ela estava vencendo o jogo.

O último fio de controle se rompeu assim que a alça da lingerie deslizou por seu ombro e caiu lentamente, como se o tempo tivesse desacelerado só para torturá-lo.

Ela manteve o olhar fixo no dele, provocante, desafiador… segura. A última peça de tecido caiu ao chão sem pressa, revelando cada centímetro como se soubesse exatamente o que fazia com ele.

Eros mal conseguia respirar.

O desejo acumulado, os dias em que pensou nela, os sonhos — até o cheiro que ainda sentia nos lençóis — tudo explodiu de uma só vez. O autocontrole, que sempre se gabou de ter, foi dilacerado por aquele olhar.

Ele se levantou, devagar, como um predador à beira do colapso.

— Você está brincando com fogo, Harper — sussurrou, a voz rouca.

— E você está pedindo pra se queimar — respondeu ela, desafiando-o com um meio sorriso nos lábios.

Eros avançou, os dedos tocando levemente sua cintura, mas a reverência no toque traía o furacão dentro dele.

Ele tentou beijá-la, mas Harper desviou, sussurrou no ouvido dele.

— Estava com saudades? — sua voz é sensual, ele engoliu seco, a única coisa que conseguiu fazer foi anuí.

Ela abriu sua camisa com a boca, Eros estava apenas de calça. Seu abdômen tinham as nove divisões que deveriam ter. Lindo, gostoso demais.

Agachou-se devagar, ele olhou pra baixo, com olhos azuis ainda mais profundos, desejando que ela faça o que ele está pensando.

E ela o fez…

Ele gemeu ao sentir a boca dela quente, pequena demais para tamanho de sua verga.

— Hum— murmurou, agarrando ao cabelo dela com uma mão, e a outra na barra de pole dance.

O som da boca dela salivando, saboreando, era o segundo melhor som já ouvido por ele, depois dos seus gemidos.

Ele sentiu, suas veias tencionadas, aquela tesão inexplicável que ela lhe provocava, seu jato vinha rápido demais, não tinha como impedir, gozou na boca dela.

Foi o melhor sexo oral que já tinha feito, os olhos dela que estavam fixos nele enquanto chupava os resquícios de gozo de seu membro, fez sua verga latejar. O desejo era insaciável, por ela, ele estava disposto a mais e mais.

Ele a levantou e colocou no sofá.

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