Mas Harper não era mais a mesma menina indefesa de antes. E se essa era a última dança… Ela não ia sair do palco caída.
Ainda com o calor do beijo na bochecha, Eros sorria levemente, caminhando pela calçada, o céu escurecendo devagar atrás dele.
Então, o celular vibrou no bolso.
Himeros.
— Finalmente! — o irmão gritou do outro lado. — Vocês estão bem?
Onde estiveste? Estava à tua procura, por que não atendeu o celular?
Eros parou, confuso.
— Calma! Eu tava com Harper, não consegui atender… o que aconteceu?
Himeros respirou fundo. A voz saiu seca e urgente:
— Kington. Ele fugiu da prisão. Faz semanas.
— A polícia tá atrás dele. Mas tenho certeza que foi atrás dela.
O mundo de Eros parou.
O sorriso desapareceu. O sangue saiu do rosto. O celular escorregou da sua mão e caiu no asfalto.
Sem pensar duas vezes, ele correu.
Como se a vida dele dependesse daquilo.
Como se a vida dela estivesse em jogo.
A casa estava com a porta entreaberta.
Silêncio est