CAMILA NOGUEIRA
O sol de sábado invadiu o quarto, dissipando qualquer resquício da madrugada intensa e maravilhosa.
Acordei me sentindo estranhamente revigorada, apesar das poucas horas de sono. Arthur já estava de pé, terminando de abotoar uma camisa social branca, impecável como sempre, embora fosse fim de semana.
— Trabalhar no sábado deveria ser crime — resmunguei, espreguiçando-me na cama bagunçada.
Arthur se virou, terminando de ajustar o relógio no pulso.
— O crime compensa, minha rainha — ele piscou, um brilho de humor nos olhos que me fez sorrir. — Tenho algumas reuniões com investidores internacionais. Fusos horários diferentes não respeitam o fim de semana.
Ele se aproximou da cama, inclinou-se e me deu um beijo rápido.
— Divirta-se com as meninas. Mas não muito. E mantenha o celular ligado.
— Sim, senhor controlador — brinquei, dando um tapinha no rosto dele.
Assim que ele saiu, o furacão feminino tomou conta da casa.
— Vamos, senhora Vasconcelos! O sol não vai esperar a