CAMILA NOGUEIRA
Pela segunda vez, meu corpo inteiro se desfez em ondas de prazer tão intensas que eu não sabia onde eu terminava e onde Arthur começava. Minha cabeça estava jogada sobre o ombro dele, e a única coisa que me mantinha na cadeira do escritório era o aperto de suas mãos em meus quadris e o fato de que ele ainda estava profundamente enterrado dentro de mim, latejando com o rescaldo de seu próprio orgasmo.
Eu estava respirando pesadamente, o ar entrava em meus pulmões em golfadas curtas e doloridas. Meu corpo estava coberto de suor e minha pele colada à dele. A sala estava uma bagunça. Papéis no chão, meu vestido jogado sobre uma poltrona, suas calças perto da mesa. E nós no centro de tudo.
Esta segunda rodada tinha sido... diferente.
Depois do primeiro orgasmo, eu pensei que tinha morrido. Mas Arthur me puxou da mesa, me olhou com aqueles olhos cinzentos famintos, e me colocou em seu colo, ali mesmo, na cadeira do CEO. E então ele sussurrou: "Sua vez."
Foi a primeira vez