CAMILA NOGUEIRA
Eu estava respirando rápido e ansiosa para que ele fizesse o que planejava fazer.
— Arthur... — sussurrei, mas o nome soou como um apelo.
— É Senhor Vasconcelos. — ele corrigiu, a voz um rosnado baixo, e mordeu o lóbulo da minha orelha.
Um gemido agudo escapou de mim.
Senti seus dedos ágeis trabalhando em meus pulsos. Ele estava me soltando? Não. Senti o toque macio da seda da gravata que eu joguei na mesa. Ele estava amarrando meus pulsos.
— Perfeita. Quando a coloquei hoje pensei que combinaria muito mais com minha esposa. Eu estava certo. — ele murmurou, mais para si mesmo.
Com minhas mãos agora inúteis, ele se concentrou no resto. Suas duas mãos deslizaram por baixo do meu vestido, subindo pelas minhas costelas, me fazendo arrepiar.
— O que temos aqui? — ele disse, a voz cheia de divertimento.
Senti seus dedos encontrarem as alças do meu vestido e eu não estava de sutiã.
— Tão conveniente — ele sussurrou, e eu o ouvi desamarrar as alças. O vestido agora