O sol da manhã entrava timidamente pela janela da sala, tingindo os móveis com uma luz dourada que parecia prometer um novo começo. Helena despertou com a sensação de serenidade que há muito não experimentava. A viagem tinha sido mais do que uma pausa; fora um respiro necessário para ela, Eduardo, Clara e Henrique. O ar parecia menos pesado, e o mundo, por ora, menos hostil.
Na cozinha, o aroma do café fresco preenchia o ambiente. Eduardo estava de pé, com os braços cruzados, observando Helena preparar o café da manhã. A leveza no sorriso dela refletia-se em seus olhos, e ele soube, naquele instante, que a paz ainda era possível.
— Bom dia — disse ele, aproximando-se para beijar sua testa.
— Bom dia — respondeu ela, sem perder o sorriso.
Clara entrou, carregando uma sacola com frutas e pães que havia comprado no mercado próximo. Henrique a acompanhava, com uma expressão que revelava o cansaço da viagem, mas também uma satisfação evidente.
— Trouxe algumas coisas para o café — comentou