A casa ainda carregava o perfume suave das flores que Helena havia comprado na manhã anterior. O sol entrava pelas janelas com um calor acolhedor, iluminando os cantos onde, poucas semanas antes, a tensão e o medo ainda moravam. Agora, no entanto, havia algo diferente no ar — uma calma que não era passiva, mas vibrante, nascida da certeza de que, juntos, poderiam enfrentar qualquer coisa.
Eduardo estava na sala, sentado no sofá, folheando um álbum antigo de fotografias da família Vasconcelos. As imagens revelavam momentos de alegria, tradições e histórias entrelaçadas. Helena entrou devagar, observando-o por um instante antes de se aproximar.
— Encontrando memórias antigas? — perguntou, com um sorriso leve.
Ele ergueu o olhar e retribuiu o sorriso, abrindo espaço ao seu lado.
— Sim. São lembranças que me lembram quem eu sou — respondeu ele. — Mas também quem eu quero ser daqui para frente.
Helena sentou-se perto, sentindo a proximidade de Eduardo como um conforto silencioso. Seu olhar