A madrugada avançava silenciosa, e o som insistente da chuva batendo contra os vidros do carro de Henrique parecia marcar o compasso da ansiedade que crescia dentro dele. Eduardo, sentado ao seu lado, mantinha o olhar fixo na tela do tablet. As imagens da câmera de segurança do edifício suspeito piscavam em tempo real, exibindo um silêncio traiçoeiro que podia significar tudo — ou nada.
— É aqui — murmurou Henrique, desligando o motor discretamente. — O nome usado no aluguel foi Isadora Farias. Falsa, claro. Mas foi Marina quem preencheu os documentos. O sistema de rastreio confirmou.
Eduardo respirou fundo. Os olhos sérios, marcados pelas noites sem dormir, carregavam a urgência de quem sabia que estavam prestes a encontrar algo decisivo.
— Se ela estiver aí, não podemos assustá-la. Nem deixá-la escapar de novo.
Henrique assentiu. Ambos desceram do carro com cautela, protegendo-se sob as capas e o capuz. Caminharam até a entrada lateral do prédio, onde o porteiro noturno os recebeu c