O corredor da Vasconcelos Corp estava quase deserto naquela tarde. A luz natural que entrava pelas janelas enchia o espaço com uma claridade suave, mas não dissipava a tensão pesada que pairava no ar. Marina caminhava com passos precisos, quase silenciosos, como se não quisesse perturbar o equilíbrio frágil daquele lugar que um dia fora seu lar profissional e que agora ela usava para alimentar sua vingança.
Ela segurava firme a pequena bolsa a tiracolo, dentro da qual guardava um pendrive contendo documentos que, em suas mãos, eram armas poderosas. Cada arquivo, cada registro, uma peça do tabuleiro para derrubar a família Vasconcelos. Por trás da máscara calma, seu coração pulsava acelerado. Estava perto de um ponto de virada.
Quando a porta de vidro à sua frente se abriu, Marina parou. Uma presença firme entrou no corredor com passos decididos. Dona Vera. A matriarca da família Vasconcelos. O rosto marcado pelo tempo e pela luta, os olhos brilhando com uma mistura de cansaço e autori