Depois de um banho relaxante, voltei ao quarto das crianças. Dormiam profundamente, cada um no seu mundo: Bruno com a boca entreaberta e Breno com a mão fechada em punho, como se segurasse algo invisível. Aproximei-me em silêncio e depositei um beijo suave na testa de cada um. O aroma adocicado da infância, misturado ao aconchego dos lençóis, trouxe uma paz difícil de descrever.
O corpo pedia descanso, então caminhei até meu quarto. Deitei e deixei o colchão me engolir por inteiro, quase cedendo ao sono. Mas a lembrança de Bruno dando os primeiros passos retornou vibrante, afastando o cansaço. Era impossível esquecer aquele instante. Pequeno, incerto, mas grandioso.
Peguei o celular. O impulso foi imediato: queria compartilhar com Gael. Desejava ouvir sua voz ao telefone, sentir o orgulho vibrando em cada palavra. Já imaginava sua reação ao saber que o filho havia se arriscado nos primeiros passinhos.
Antes que pudesse apertar o botão de chamada, a tela vibrou com uma notificação. Uma