Duas semanas haviam se passado e, para minha surpresa, as coisas entre Gael e mim estavam diferentes, mas não de um jeito ruim. O convívio tinha se tornado mais leve, quase natural. Ele passava bastante tempo comigo e com os filhos, e até parecia gostar de estar presente nesses pequenos momentos do dia.

Charlotte e James já haviam voltado para casa. Antes de partir, ela segurou minha mão com firmeza e disse que, sempre que eu precisasse, poderia ligar para ela. Um gesto simples, mas que trouxe um conforto inesperado. Agradeci de coração, guardando aquelas palavras como um abraço silencioso.

Bruno estava mais confiante, cada dia dando passos mais firmes, enquanto Breno se mantinha na dele, observando o irmão com olhos curiosos, como se aprendesse sem pressa. Naquela manhã, aproveitava um café tranquilo enquanto Gael, ao meu lado, estava concentrado em algo no notebook.

— Precisamos colocar uma barreira de proteção no quarto dos meninos. — comentei, lembrando da cena que havia presencia