A noite parecia mais densa do que antes, como se o céu tivesse esquecido como respirar. As ruínas antigas estavam em silêncio, mas o ar vibrava com uma energia estranha — uma mistura de magia antiga e algo novo, perigoso.
Lilith sentia o coração pulsando fora do ritmo. O fragmento do Devorador ainda descansava contra sua pele, envolto por um pano rúnico que ela mal compreendia. Serapha, sua bruxa interior, estava em silêncio desde o toque.
Um silêncio que pesava mais do que qualquer grito.
“Você não precisava vir atrás de mim,” Lilith disse sem olhar para trás.
Nyra, parada a poucos passos dela, tinha os olhos fixos no fragmento escondido. “Eu senti que algo estava errado. Você sumiu... e eu ouvi sussurros vindo daqui.”
Lilith finalmente se virou. Seus olhos estavam mais escuros, o dourado levemente apagado, como se uma névoa se acumulasse por trás da íris.
“Está tudo sob controle,” mentiu.
Nyra cruzou os braços, a mandíbula tensa. “Você acha que pode mentir pra mim? Seu cheiro... sua