As chamas mágicas que ardiam nas velas do santuário tremulavam com o vento invisível que atravessava as paredes encantadas. Lilith permanecia ajoelhada diante do fragmento, a pele coberta por runas vivas que se desenhavam lentamente sobre sua carne como tatuagens flamejantes.
Ela tremia, mas não de medo. Tremia de poder.
— Eu vou te destruir... — sussurrou para a sombra que habitava o fragmento. — Eu vou ser a última coisa que você verá. E vou morrer sabendo que impedi a sua maldição de consumir o mundo.
Serapha, por fim, murmurou em sua mente: “Você está indo fundo demais, Lilith... Há caminhos sem volta.”
— Eu não me importo. Se o preço for a minha alma, que assim seja.
Do lado de fora, Nyra se aproximava, os olhos vermelhos e o coração em ruínas. Havia escutado demais. Tinha visto demais. Havia seguido Lilith até aquele santuário escondido, e o que presenciou foi o suficiente para acender o pânico em sua alma.
Lilith, envolta em trevas, sussurrando para um fragmento do Devorador.
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