O templo antigo de Veyradar era uma catedral de pedra viva, moldada pelas mãos do tempo e sussurros de deuses esquecidos. Runas pulsavam suavemente nas paredes, reagindo à presença de Elora, como se reconhecessem nela o sangue de Velora.
Mas era Darian quem o templo esperava.
Enquanto Elora tocava os murais, tentando decifrar as mensagens escondidas sob camadas de pó mágico, Darian sentia o chão tremer sob seus pés. Algo o chamava. Não como Zha’kar chamava — não era um grito de poder, mas um murmúrio antigo, denso, familiar.
Velora apareceu diante dele, envolta em luz azulada, os cabelos flutuando como seda no vento etéreo.
"Darian," ela disse, com ternura e gravidade. "Chegou a hora de conhecer sua verdadeira origem."
Ele se ajoelhou, mas ela ergueu sua mão.
"Você não é filho da escuridão, mas da balança. O pai do Devorador era seu ancestral — um ser de sombra e estrutura, aquele que deu forma à escuridão antes que ela se corrompesse."
Darian arregalou os olhos. "Mas...