Madalena mal teve tempo de reagir ao barulho da cadeira tombando. Antes de alcançar o topo da escada de ferro, Elize já passava por ela feito um borrão, o rosto lavado em lágrimas.
— Elize? Ei, o que foi? — tentou segurar o braço da amiga, mas Elize se desvencilhou num gesto rápido, sem agressividade, mas carregado de urgência.
Como um furacão, empurrou a porta do café e sumiu pela calçada, deixando apenas o barulho do sino balançando e um rastro de preocupação.
Madalena olhou de relance para a garçonete no balcão.
— Segura as pontas aí. — tirou o avental às pressas, largando sobre o balcão antes de sair pela porta atrás da amiga.
Do lado de fora, encontrou Elize com as mãos trêmulas tentando encaixar a chave na ignição da scooter. O vento bagunçava seus cabelos, e as lágrimas não paravam de cair.
— Elize, olha pra mim… o que aconteceu?
Elize não conseguiu. Manteve os olhos na chave e, com um soluço preso na garganta, respondeu apenas:
— Eu não consigo falar agora, Mad