O coração de Elize parecia bater mais rápido a cada quilômetro percorrido.
A estrada até a casa da irmã nunca lhe parecera tão longa, e, dessa vez, o nervosismo não tinha nada a ver com o trânsito.
No banco ao lado, Henrique dirigia em silêncio, uma mão firme no volante e a outra repousando de vez em quando sobre a dela, num gesto de cumplicidade.
— Vai dar certo — ele murmurou, percebendo o olhar inquieto dela pela janela. — Não estamos tirando nada do Gael, Elize. Estamos dando a ele algo a mais: a verdade.
Ela respirou fundo, tentando acreditar naquela certeza que transparecia nos olhos de Henrique.
Quando tocaram a campainha, a porta da frente já se abriu.
Camila veio recebê-los com um sorriso nervoso, seguida por Miguel, que cumprimentou Henrique com um aperto de mão respeitoso.
— Então esse é o famoso cunhado — Camila brincou, abraçando Henrique em seguida. — Finalmente nos conhecemos.
Henrique riu de leve, sempre educado, mas foi interrompido por passos apressa