Por alguns segundos, o silêncio pareceu absoluto. O menino piscou, absorvendo a informação.
Primeiro olhou para Henrique, depois para Elize, e finalmente para Camila, como se buscasse confirmar se aquilo era verdade.
— É sério? — perguntou baixinho.
— É sério, meu amor — Camila respondeu, acariciando o rosto dele. — A tia Elize na verdade é sua mãe de sangue, foi ela quem te gerou, e o tio Henrique na verdade é seu pai.
O menino ficou paralisado, os olhos arregalados, olhando de um para outro:
— Mas… eu sempre fui seu filho…
Foi então que Miguel se posicionou:
— Quando você nasceu, a tia Elize não podia te criar sozinha, porque era muito nova. Então mamãe e eu decidimos cuidar de você por ela. — ele olhou para Elize como quem cobra uma dívida — Mas agora a tia Elize já pode cuidar de você, e ela reencontrou seu pai, então se você quiser, pode morar com ela.
— Mas eu não quero ir embora daqui.
Elize tentou acalmar o menino:
— Você não precisa ir embora, amor. Queremos que sai