O celular de Henrique vibrou sobre a mesa, interrompendo sua tentativa de descansar.
Na tela, o nome de Arthur piscava com aquele toque que ele já associava a más notícias disfarçadas de piada.
— Fala — atendeu, desconfiado.
— Só passando pra lembrar que você precisa marcar um jantar com os nossos pais. Assunto: noivado. Você vai precisar de coragem.
Henrique soltou um suspiro longo.
— Achei que podia aproveitar o final de semana com a Elize antes de mergulhar nesse circo.
— Não é circo, é só um jantar com a mamãe, que vai querer saber onde você conheceu a Elize, e com o papai, que vai fingir que não está surpreso, enquanto mastiga a carne como se fosse sua reputação. Tranquilo.
— Muito reconfortante, obrigado.
— Mas ó... — Arthur suavizou o tom — você tá diferente. Feliz. É bom ver isso. E a Elize... ela é forte. Vai encarar o tribunal Villamar de cabeça erguida. Só... avisa ela antes, né?
— Vou marcar — respondeu Henrique, olhando para a janela como se fosse o início e não