Elize ainda segurava o celular quando voltou a se sentar, meio sem saber onde apoiar o corpo.
O anel brilhava no dedo, irônico — parecia prometer uma vida nova, mas também lembrava tudo que ainda precisava ser enfrentado.
Madalena notou o semblante carregado e nem esperou que ela falasse.
Apenas arqueou uma sobrancelha, enquanto empurrava uma xícara de café na direção da amiga.
— Pela sua cara, eu diria que acabou de receber uma bomba — comentou.
Elize soltou um suspiro e passou a mão nos cabelos, ainda tentando organizar os pensamentos.
— Henrique acabou de ligar. Marcou o jantar com os pais dele. Amanhã.
— Ah… — Madalena deu um gole no próprio café, com a calma de quem já esperava por isso. — Bom, mais cedo ou mais tarde ia ter que acontecer, né?
— Eu sei. — Elize apoiou os cotovelos no balcão, afundando o rosto nas mãos por um segundo. — Mas não sei se tô pronta pra olhar na cara daquele homem. O Augusto me assusta, Madá.
— Ele assusta todo mundo. E não é só por