Assim que os irmãos deixaram a sala de Augusto, seguiram em silêncio pelo corredor.
Arthur entrou direto na própria sala, mas Henrique, antes de sumir no escritório, olhou na direção da recepção.
Fez um discreto sinal com a cabeça. Só um gesto. Mas Elize entendeu na hora.
Ela entrou na sala já sabendo o que a esperava — não era a primeira vez que ele a chamava com aquele olhar e aquele gesto quase imperceptível, mas cheio de intenção.
O que ela não esperava era ser puxada pela cintura assim que a atravessou a porta, com Henrique usando as costas para fechá-la e as mãos para trancá-la com um clique firme.
— Não quero interrupções — murmurou ele, os olhos fixos nos dela.
— Henrique, seu pai ainda está aqui no escritório... — ela tentou protestar, com um meio sorriso que traía a tentativa de ser racional.
— Esquece — ele respondeu, a voz baixa, quente, como um segredo bem guardado. — Com ele você não vai mais ter problemas. Quem não vai mais te deixar em paz... sou eu.
Eli