O sábado começou cedo, com uma trilha sonora baixa tocando no celular da Elize e o cheiro de café se espalhando pela casa.
Bianca foi a primeira a levantar — por milagre — e acordou as outras com um copo de água gelada ameaçando respingar.
Só a ameaça foi suficiente.
Lúcia, ainda com o cabelo parecendo um ninho de gato selvagem, arrastou a coberta até o sofá e resmungou:
— Eu sonho com café da manhã na cama, mas acordo sendo coagida. Isso é amizade?
— Isso é semana de prova — respondeu Elize, já com o caderno na mão.
Por volta das nove da manhã, as três estavam reunidas na mesa da cozinha, cercadas de livros, marca-textos e folhas rabiscadas com mais anotações do que um edital de concurso.
Elize vestiu sua skin de aluna dedicada com maestria.
Resumia artigos com organização, fazia perguntas inteligentes, apontava os tópicos mais cobrados e ainda revisava os mapas mentais de Lúcia sem perder o ritmo.
Bianca, que nunca foi muito fã de direito administrativo, murmurava entre um