Na cozinha, preparou um café simples: pão na chapa, suco de laranja, café fresco.
  Colocou tudo numa bandeja com cuidado — ela merecia esse mimo. Ainda sem promessas, mas cheio de significado.
  — Você me servindo café na cama? — Elize ergueu uma sobrancelha, divertida, enquanto se ajeitava na cama, os lençóis ainda bem presos ao corpo.
  — Algum problema com isso?
  — Nenhum. Só achei... ousado. Depois de ontem, eu jurava que você ia sair andando por aí achando que já me conquistou.
  Henrique se sentou ao lado dela, entregando a xícara com um sorriso debochado.
  — Achei que você ainda tava tentando esconder alguma coisa aí embaixo do lençol. Mas, francamente... já vi tudo mesmo.
  Ela deu um risinho curto, mas os olhos não mentiam: estavam brilhando.
  — Não subestime o poder da sugestão — disse, bebendo um gole de café. — Você já viu tudo, sim. Mas não viu tudo.
  Henrique arqueou uma sobrancelha, interessado.
  — Acha que eu aguento mais?
  — Acho que você quer mais.
  E era ve