Nem cinco minutos depois, Glória apareceu com seu andar apressado e um sorrisinho debochado nos lábios.
— Olha... eu não queria falar nada não, mas tem gente aqui nesse escritório pegando fogo. Os dois Villamar ao mesmo tempo, senhorita?
Elize ergueu uma sobrancelha, sem entender de cara.
— Que história é essa, Glória?
— Ué, quando eu voltei da copa, vi você nos braços do doutor Arthur, entrando da sala dele e ele fechando a porta com o pé! — fez até uma encenação com as mãos. — E depois ficou trancada lá com ele pelo quê? Meia hora? Hummm... — cantarolou, cruzando os braços. — Se eu fosse o doutor Henrique, ficava esperto.
Elize deu uma risada fraca, balançando a cabeça.
— Você não presta, Glória.
— Só tô observando, ué! Se quiser ajuda pra administrar esse triângulo amoroso, eu tenho agenda.
Elize abriu um sorriso, dessa vez verdadeiro. E por um instante — só um — ela se permitiu imaginar o que seria viver algo assim.
Dois Villamar, cada um com seus próprios mistér