Capítulo 114 - Almoço leve

Elize saiu da sala dele com os olhos ainda úmidos, mas o coração um pouco mais calmo. O aperto no peito tinha diminuído.

Não havia solução imediata, mas o fato de não estar carregando tudo sozinha fazia diferença.

Respirou fundo no corredor, ajeitou o cabelo e caminhou de volta à sua mesa com passos mais leves.

Pouco depois, Rodrigo passou por ali com a mochila atravessada e uma embalagem de bala na mão.

— Ei, quer fugir desse tribunal disfarçado de escritório pra almoçar comigo? Eu prometo não falar de processos nem da Glória mandona.

Elize riu de leve e assentiu.

— Acho que é exatamente do que eu preciso.

Foram caminhando até o restaurante que Elize geralmente escolhia para almoçar: simples, escondido numa esquina, e com um molho branco que acalmava até alma penada.

Sentaram numa mesa do fundo, longe do movimento.

Rodrigo pediu um prato caprichado. Elize, ainda sem muito apetite, pediu um prato leve.

— Então... — começou ele, mexendo o suco com o canudo — vi voc
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