Helena não conseguia tirar os olhos da foto. Arthur, sozinho em seu escritório, com um alvo desenhado sobre o peito. A imagem era clara, recente, e cruel. Não era apenas uma ameaça — era uma declaração de guerra.
Ela ligou para ele imediatamente.
— Arthur, você precisa sair da Imperium. Agora.
— O que aconteceu?
— Recebi outra foto. Sua. Com um alvo. Alguém está te marcando. E está cada vez mais perto.
Arthur ficou em silêncio por alguns segundos. Quando falou, sua voz estava mais baixa, mais grave.
— Estou indo pra sua casa. Não diga nada a ninguém. Nem a Mauro.
Helena hesitou.
— Você acha que ele...
— Não sei mais em quem confiar.
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Meia hora depois, Arthur chegou. Estava sem terno, com uma jaqueta escura e o olhar atento. Parecia menos CEO e mais homem em fuga.
— Mostre — disse ele, ao entrar.
Helena entregou o envelope. Arthur analisou a foto com olhos treinados.
— Isso foi tirado do andar de cima. Do prédio ao lado.
— Você acha que estão nos vigiando de lá?
— Acho que estão nos