O dia amanheceu com um céu de nuvens densas, como se o mundo lá fora refletisse o turbilhão que Helena sentia por dentro. Ela estava deitada na cama de Arthur, envolta nos lençóis e no calor do corpo dele, que ainda dormia ao seu lado.
Ela o observava em silêncio, como quem tenta memorizar cada traço. O contorno da mandíbula, o leve franzir da sobrancelha, a respiração profunda. Era difícil acreditar que aquele homem — o mesmo que já havia sido seu inimigo — agora era seu refúgio.
Mas o mundo não parava. E ela sabia disso.
Seu celular vibrou sobre a mesa. Uma mensagem de Mauro.
“Precisamos conversar. A movimentação de ações começou. E há um nome novo na jogada.”
Helena fechou os olhos por um instante. A paz nunca durava. Mas ela não estava mais sozinha.
Arthur se mexeu, acordando devagar. Quando a viu, sorriu com aquele olhar que fazia tudo parecer mais simples.
— Bom dia, diretora de ética mais sexy do país.
Helena riu, jogando um travesseiro nele.
— Você precisa parar de me elogiar