Helena entrou na sala de reuniões com passos firmes, o blazer escuro contrastando com a luz fria que iluminava o espaço. Laura Vasconcellos já estava lá, sentada à cabeceira da mesa, como se aquele lugar lhe pertencesse. O sorriso no rosto dela era polido, mas os olhos... os olhos estavam cheios de guerra.
— Helena — disse Laura, com a voz doce demais para ser sincera — que prazer te ver depois de tantos anos.
— O prazer é todo seu — respondeu Helena, sentando-se à frente dela.
Laura riu, cruzando as pernas com elegância.
— Sempre afiada. Mas agora, com poder. Impressionante.
Helena manteve o olhar firme.
— Você está comprando ações da Imperium por meio de uma holding internacional. Quer entrar no conselho. Quer me tirar de lá.
— Quero renovar. A empresa precisa de sangue novo.
— E você acha que o seu é mais azul que o meu?
Laura se inclinou, os olhos brilhando.
— O meu nunca foi manchado por escândalos familiares. O seu... bem, o seu carrega a falência do império do seu pai. E agora,