O salão estava lotado. Conselheiros, investidores, jornalistas. Todos aguardavam o anúncio oficial. Helena, vestida em um conjunto branco impecável, subiu ao palco com a postura de quem havia vencido batalhas demais para se curvar agora.
— A partir de hoje, assumo a presidência da Imperium Capital — disse, com a voz firme. — E não como herdeira de um nome, mas como mulher que construiu o próprio caminho.
Aplausos. Flashs. Murmúrios de aprovação.
Arthur, ao fundo, sorria com orgulho. Mas não estava sozinho.
Ao lado dele, uma mulher elegante, de cabelos ruivos e sorriso fácil, conversava com desenvoltura. Tocava o braço dele ao rir. Se inclinava demais. E Arthur... não parecia desconfortável.
Helena continuou o discurso, mas a imagem ficou presa na mente. A mulher. O toque. O riso. E o jeito como Arthur a olhava — com familiaridade.
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Mais tarde, no coquetel, Helena circulava entre os convidados, distribuindo sorrisos e palavras calculadas. Mas os olhos buscavam apenas uma coisa: Arth