(Emily)
As primeiras luzes da manhã atravessavam as cortinas do quarto como se anunciassem um recomeço. O mundo parecia suspenso no instante exato entre o que fomos e o que ainda podíamos ser. Havia algo de novo no ar, como se a tempestade estivesse finalmente se dissipando. Alexander dormia ao meu lado, os traços relaxados, como há muito tempo eu não via. A respiração ritmada dele era a confirmação de que, de alguma forma, a paz voltava a habitar aquele espaço entre nós.
Passei os dedos com leveza por sua barba rala e ele se remexeu, abrindo os olhos devagar. Um sorriso preguiçoso apareceu em seus lábios.
— Bom dia, meu caos bonito — ele murmurou, a voz rouca pelo sono.
Sorri, encostando minha testa na dele.
— Bom dia, meu amor.
Não eram apenas palavras. Eram a confissão silenciosa de tudo o que havíamos superado. Estávamos cansados de guerras, de feridas abertas. Agora, tudo o que queríamos era construir.
Depois do café, nos reunimos no estúdio com Sofia e Dylan. As coisas tinham mu