POV: Emily A cidade de Charleston parecia cinzenta naquela manhã, como se o céu compartilhasse do meu humor sombrio. O volante tremia sob minhas mãos, mas eu continuei dirigindo sem rumo. Meus olhos estavam inchados, ardendo de tanto chorar, e a respiração presa no peito me fazia sentir como se estivesse sufocando. O rádio tocava uma música melancólica, mas eu não conseguia escutar a melodia — era apenas um ruído distante, como tudo ao meu redor desde que... desde que eu vi o que nunca deveria ter visto. Ainda me lembro do que senti quando decidi aparecer de surpresa na casa do Dylan. Já tinha feito isso tantas vezes antes, com aquele entusiasmo ingênuo de quem acredita que conhece bem quem ama. Mas, naquele dia, quem foi surpreendida fui eu. A cena me atingiu como um soco no estômago. Está gravada na minha mente, vívida, dolorosa, impossível de apagar: Dylan, o homem que eu amava há três anos, nu, sobre o corpo da minha melhor amiga. Sophie. Os dois estavam entrelaçados, entregues
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