(Emily)
A noite caiu silenciosa sobre a cidade, mas dentro de mim, o barulho dos meus sentimentos era ensurdecedor. Havia uma tensão que não me deixava em paz, um desejo reprimido, uma vontade crua de me entregar àquilo que me consumia toda vez que Alexander me olhava como se pudesse decifrar até a minha alma.
A última reunião do dia tinha sido exaustiva. Os projetos estavam caminhando, mas meu foco estava longe dali. Durante toda a apresentação, senti o peso do olhar dele sobre mim. Intenso. Quente. Dominante. Era como se ele gritasse sem dizer uma palavra: "Você é minha. Ainda é minha."
E talvez eu fosse. Mesmo tentando resistir, mesmo sabendo que havia tanta dor entre nós, ele ainda tinha esse poder absurdo sobre meu corpo. Sobre meu querer.
Fui para casa mais cedo naquela noite. Tomei um banho demorado, tentando lavar as incertezas, mas tudo o que restou foi a necessidade crescente de vê-lo. De sentir suas mãos na minha pele, sua boca devorando os pedaços que ele conhecia tão bem.