POV: Alexander
Eu costumava achar que dor era algo que se podia suportar com força de vontade. Que bastava apertar os punhos, manter a postura, encarar o mundo com o queixo erguido. Que o orgulho era suficiente para manter qualquer alma de pé. Mas desde que ela se afastou, percebi que há dores que nenhum controle domina.
O silêncio de Emily ecoa pelos meus dias como uma maldição sussurrada. Não importa com quem eu esteja, em que reunião eu sente, ou o quanto finja seguir em frente — é sempre ela que habita os meus pensamentos. E quando a noite cai, o quarto escuro se transforma em um tribunal onde sou condenado, de novo e de novo, pelo que fiz com o que havia entre nós.
Tentei evitá-la. Dei espaço, como ela pediu. Mas tudo em mim implora por sua presença. Cada célula grita por redenção. Cada batida do meu coração carrega o nome dela — mesmo que ela me odeie por isso.
Matteo me trouxe novas informações. Emily não apenas está ajudando o autor — Mateo Vilar — como também está escrevendo